As pastagens queimadas pelas geadas estão rebrotando e prometem ampliação da produção de leite, mas até lá os preços devem continuar em patamares históricos, com média acima de R$ 1 por litro ao produtor, apontaram ontem informativos da Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná e do Centro de Estados Avançados em Economia Aplicada (Cepea) de São Paulo. Os reajustes somam 22% em um ano, conforme o índice da instituição paulista, que considera sete estados e inclui o Paraná.
Os preços pagos aos produtores paranaenses compõem média de R$ 1,04 por litro, mas o alimento de melhor qualidade rende R$ 1,20/l, conforme o levantamento do Deral. São 24 centavos extras ante a cotação de um ano atrás. Os produtores que atravessaram períodos de baixas estão recuperando seu caixa, avalia o venterinário da Seab Fábio Mezzadri.
Os patamares são considerados recordes e foram atingidos após oito meses de altas consecutivas, aponta o Cepea, que identificou aumento na captação interna (2%) mas redução nas importações (-8%). As chuvas que estão chegando nesta primavera prometem ampliar a oferta do alimento e reduzir gastos com ração, impondo limite às cotações no verão.
Carne
R$ 100 por arroba do boi gordo incentivam também a produção de carne, num momento em que a bovinocultura enfrenta escassez de pastagens.