Soja sendo colhida em outubro de 2012, no estado de Wisconsin. Total de exportação norte-americana da oleaginosa foi mantida pelo Usda.| Foto: Christian Rizzi

Com uma grande safra sul-americana entrando no mercado a partir deste mês, os Estados Unidos devem ser obrigados a botar o pé no freio e diminuir consideravelmente as suas exportações de soja.  Pelo menos é essa a avaliação do USDA, o departamento de Agricultura do país. Em relatório divulgado na última sexta-feira, o órgão jogou um balde de água fria no mercado, que esperava um novo reajuste positivo na estimativa de exportação dos EUA, e manteve inalterada em 36,6 milhões de toneladas a sua projeção para os embarques norte-americanos da oleaginosa na temporada 2012/13.

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Os investidores esperavam que esse volume fosse reajustado para cima. E com força. Afinal, faltando sete meses para o encerramento da safra 2012/13 (o ano comercial norte-americano encerra em agosto), os exportadores já despacharam para fora do país 34,2 milhões de toneladas de soja – 27,4% mais que em igual período do ciclo anterior. Como as exportações consolidadas até o momento equivalem a 93,5% da meta do USDA para toda a temporada, para que a projeção se consolide, os exportadores norte-americanos teriam que reduzir os seus embarques semanais de soja de 1,27 milhão de toneladas para penas 82 mil toneladas – o que, mesmo com uma supersafra na América do Sul, não parece muito provável.

Liderança

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38,40 milhões de toneladas é quanto o Brasil deve exportar de soja na temporada 2012/13, segundo o USDA. Com esse volume, o país assumiria a liderança mundial no comércio da oleaginosa, deixando para trás os EUA, donos desse posto até a safra passada.