O preço da arroba bovina estimula investimentos no campo. Com 800 novilhas de corte e 130 vacas de leite em Peabiru (Centro-Oeste do Paraná), o pecuarista Rui Aranha Figueiredo celebra a rentabilidade. O setor estava estacionado há vários anos e voltou a ter valorização, relata. “O preço do bezerro estava muito barato, mas [a R$ 1,3 mil/animal] volta a estimular a retenção de matrizes”, explica.
Com 100 reprodutoras em 97 hectares, ele conta que o valor dos bezerros mal cobria custos. Foi necessário a arroba do boi chegar perto de R$ 150 para a cria voltar a ser rentável, aponta.Figueiredo aposta em um mercado sustentado no longo prazo. “Mesmo voltando o incentivo à matriz e ao bezerro, os preços da carne não devem cair”, considera, tomando como base o mercado internacional, que aponta demanda crescente por carne vermelha.
Ele lembra que a operação na base da produção exige capital de giro. “Quem aposta na matriz, por conta do preço alto da novilha, vai usar recurso recuperável só depois de 16 meses [9 até o parto e 7 até o desmame]”, diz o pecuarista.
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