Em relação à estimativa de abril, a previsão para a soja caiu 1,7%, somando 96,8 milhões de toneladas para o ano. Já a do milho foi 9,6% menor que a estimada de abril, para 73,5 milhões de toneladas.| Foto: JONATHAN CAMPOS/GAZETA DO POVO

Pela primeira vez no ano a estimativa para a produção de soja em 2016 não foi recorde, informou nesta quinta-feira, 9, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desde 2013 a produção de soja vinha batendo recordes no País.

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De acordo com o gerente da Coordenação de Agropecuária do IBGE, Carlos Antonio Barradas, apesar do aumento de 2,7% da área plantada de soja, o produtor vai colher menos soja por causa da seca. O rendimento médio caiu 1,6% em decorrência das longas estiagens enfrentadas em vários Estados e, em especial, na região do cerrado.

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“Os problemas climáticos estão afetando a produtividade”, disse Barradas. A redução nas previsões de produção para a soja e o milho, em especial da 2ª safra, cuja estimativa caiu 11,1%, foram as principais influências na redução da estimativa de produção de grãos para o País em 2016.

Em relação à estimativa de abril, a previsão para a soja caiu 1,7%, somando 96,8 milhões de toneladas para o ano. Já a do milho foi 9,6% menor que a estimada de abril, para 73,5 milhões de toneladas. No caso do milho, Mato Grosso, Paraná e Goiás são os Estados que mais provocaram impacto nos dados nacionais no levantamento de maio.

Além desses produtos, o trigo terá produção 13,2% maior em 2016 do que a estimada em abril. De acordo com Barradas, isso reflete a previsão de aumento de 75,8% do rendimento médio do produto no Rio Grande do Sul, após dois anos de queda de produção. Com isso, cresce a disposição dos produtores em investir em tecnologia para a safra.

No caso do arroz, houve muita chuva no Rio Grande do Sul, responsável por 71,9% da produção. Isso atrasou o plantio e dificultou o desenvolvimento da safra. Com isso, a produção de arroz será 4,3% menor que a estimada em abril.