O lançamento da plataforma foi feito no auditório do Sistema Ocepar, em Curitiba.| Foto: Divulgação/Frísia

Um software para emissão de receituários agronômicos pela internet, lançado nesta quinta-feira (8), em Curitiba, promete facilitar a vida de produtores e profissionais do campo. Usado para compra de defensivos agrícolas, o receituário agronômico é obrigatório e serve para racionalizar o uso de produtos. Antes do software, que ainda está funcionando em carácter experimental, engenheiros agrônomos e profissionais legalmente habilitados precisavam fazer o diagnóstico, preencher manualmente um formulário e duas vias da receita, uma para a loja e a outra para o proprietário.

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A ideia da plataforma partiu da Cooperativa Frísia, localizada na região dos Campos Gerais, e foi desenvolvido com acompanhamento da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). Ela permite a emissão de receitas para uso de agrotóxicos com assinatura digital e o envio eletrônico desse documento tanto para o usuário como para o estabelecimento comercial. Basta estar conectado.

Segundo o presidente da Frísia, Renato Greidanus, com a nova plataforma, produtores e profissionais vão ganhar tempo para focar em outras questões, como a gestão da propriedade. “Estamos avançando numa área estratégica e importante para o produtor rural, técnicos e também para o sistema que fiscaliza o processo, a Adapar, já que as informações sobre as receitas agronômicas emitidas eletronicamente poderão ser buscadas a qualquer momento. É uma evolução grande”, diz.

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De acordo com o superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti, a Frísia sempre traz novidades para os cooperados e a cooperativa é pioneira em várias questões, como foi no caso do Siagro (Sistema de Monitoramento do Comércio e Uso de Agrotóxicos no Estado do Paraná), disponibilizado desde 2010. “A criação do receituário agronômico com assinatura digital, que vai facilitar bastante o trabalho no campo”, ressalta.

Para o diretor presidente da Adapar, Inácio Afonso Kroetz, trata-se de uma ideia inovadora e necessária. “Temos segurança em lançar essa solução inovadora pois não houve precipitação em desenvolvê-la e todo o processo foi acompanhado pela Adapar. É uma ferramenta tecnológica usada para o bem e que vem em boa hora. Mais uma vez o Paraná sai na frente”.

Na opinião do secretário de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, a parceria mostra bem o caminho que a ser trilhado e deve ser ampliada. “Hoje é importante podermos contar com processos seguros, mais ágeis e que contribuem para reduzir o tempo. Fico feliz por participar desse momento histórico”, acrescenta.

A coordenadora de Tecnologia da Informação da Frísia, Berenice Los, que participou ativamente do processo de criação da ferramenta, explica que a dificuldade enfrentada durante muito tempo está prestes a terminar com esse facilitador, que está ainda em fase inicial de implantação. “Nesse momento, estamos disponibilizando o programa para utilização via portal do cooperado, mas o segundo passo é lançá-lo em forma de aplicativo para mobile”, explica.

Segundo Adriano Riesemberg, diretor de Defesa Agropecuária da Adapar, a plataforma está sendo utilizada, nessa primeira etapa, pela Frísia, mas em breve estará normatizado e disponibilizado para todo o Brasil. “Estamos aplicando o conceito de que a receita somente se justifica com a efetiva atuação do profissional que a prescreve. Esse sistema veio para facilitar o bom trabalho da assistência técnica e regular ainda mais o uso de agrotóxicos”, conta. “ É uma inovação para ser seguida não só no Paraná, mas em todo o Brasil”, conclui Riesemberg.

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Para o coordenador Agrícola da Frísia, Angelo Márcio Vieira, o processo do receituário com assinatura digital permitirá uma maior eficiência de gestão do tempo e planejamento nas lavouras. “A assinatura digital será uma ferramenta que permitirá ganho de tempo, pois durante a visita o diagnóstico é feito e a recomendação já pode ser emitida via celular, para que no escritório do agrônomo ou no local de retirada do defensivo, ou ainda no escritório da fazenda, a receita já seja recebida e impressa. Para o cooperado, da mesma forma: evitará deslocamento até o escritório do agrônomo para pegar o receituário, ganhando tempo, principalmente quando a aplicação de defensivos é urgente”, explica.