O plano nacional de controle sanitário sobre a avicultura fez com que o Paraná redobrasse a atenção dispensada ao setor. Da criação do Conselho Estadual de Sanidade Avícola (Coesa), em 1993, à obtenção da nota B – a melhor alcançada em todo o país na última avaliação – houve reforço não só no respeito às regras que isolam cada aviário ou região, mas também na própria capacidade de demonstrar a estrutura disponível.

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Segundo a Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab), o treinamento dos profissionais do setor tornaram-se constantes. O curso sobre como agir em casos de emergência foi repetido cinco vezes em diferentes regiões para técnicos e veterinários. Houve melhor preparação também para o uso e manutenção de 161 equipamentos especiais, que fazem os agentes parecerem astronautas dentro dos aviários. Supervisores regionais tiveram que aprender a usar aparelhos GPS e a agir como esquadrões de alerta permanente. Para afinar a emissão de guias de trânsito, foram realizados 11 cursos, e 20 veterinários que não participaram acabaram sendo descredenciados.

A Seab foi às compras e investiu em 20 veículos de fiscalização avícola, 130 equipamentos de GPS e em programas eletrônicos de monitoramento. A equipe de agentes foi ampliada com a contratação de cerca de 50 veterinários e 80 técnicos agrícolas. Em um ano, houve cerca de mil operações fiscais no setor. O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar) elevou de R$ 10 mil para R$ 16 mil o repasse para informatização dos relatórios de sanidade.

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Houve ainda uma reforma legal. As regras para o trânsito de aves e resíduos foram ajustadas dentro do princípio de precaução. Além disso, foi necessário instituir formalmente um plano de contingência para o caso de gripe aviária ou doença de Newcastell, que provoca de hemorragias a diarréias e também é uma ameaça aos aviários. O próprio Coesa teve de se reunir com mais frequência para discutir as condições sanitárias do setor.