O vendedor ambulante José Edvaldo Matias dos Santos teve 18 espigas de milho apreendidas por policiais do 27º DP, em São Paulo,durante uma investigação sobre um homicídio. Não que ele tivesse envolvimento com crime, mas porque ele não tinha como comprovar de onde comprou o alimento.
Segundo informações da polícia, no sábado, dia 18, por volta das 17h, os investigadores chefiados pelo delegado Clóvis Ferreira de Araújo faziam diligências no Campo Belo, na capital paulista, para tentar localizar testemunhas de um assassinato.
No boletim de ocorrência, consta que o vendedor foi abordado “e por não saber declinar a origem do milho comercializado, foi determinado pelo delegado de polícia, que apresentasse José Edvaldo nesta especializada”.
O caso foi apresentado no plantão do Departamento de Polícia de Proteção ao Cidadão (DPPC). Lá, o vendedor informou que comprou as espigas no Ceasa e, como sempre costuma fazer, foi até a Rua Renascença, por volta das 14h, para vender o alimento. Sobre o homicídio investigado, ele não tinha informações.
O DPPC determinou a apreensão das 18 espigas, porque o delegado do departamento “não tinha condições de atestar se está próprio ou não para consumo”, e encaminhou para a perícia. O vendedor foi liberado. O caso começou às 17h e o boletim de ocorrência foi finalizado às 21h34.
Procurada, a Secretaria de Segurança Pública não respondeu aos questionamentos do Estado até a publicação da reportagem.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
A gestão pública, um pouco menos engessada
Deixe sua opinião