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Pomares esperam frio na dose certa

Porto Amazonas – Produtores de frutas da região dos Campos Gerais têm boa perspectiva de produção para esse ano. Depois de amargar, em 2006, perda de 70% na produção de frutas de caroço como pêssego, ameixa e pêra, devido à geada tardia em setembro, eles esperam que o frio venha no momento certo, de junho a começo de agosto.

A fruticultura no Paraná ainda está em fase de expansão, mas possui destaque por ter uma safra adiantada em relação aos outros estados produtores como Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Segundo Paulo Andrade, agrônomo responsável pelo setor de fruticultura do Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura do Paraná (Deral), a área de plantio no estado é de 63 mil hectares, e a produção no ano passado ficou em 1,2 milhão de toneladas, com 36 variedades. O Brasil produz ao todo 40 milhões de toneladas. "A fruticultura é um excelente negócio", afirma Andrade.

Aluir Dias de Freitas, gerente da fazenda Valter Perboni – maior produtora do Paraná, com 260 hectares de plantio de diversas variedades de frutas em Porto Amazonas (Centro-Sul) –, fala que o frio do final de maio contribuiu para que as plantas entrassem no período de dormência. "É muito importante o frio nessa fase da produção porque contribui para o descanso da gema (formação inicial de um ramo)", explica.

A quantidade ideal de frio para produção seria de 700 horas, porém o Paraná não alcança esse índice, tendo cerca de 250 horas de frio por ano. "O mais importante é que o frio permaneça até meados de junho, não acontecendo tardiamente, como no ano passado", afirma Freitas. Ainda segundo ele, o risco desse ano é que a reserva acumulada na planta, que está no seu ponto extremo, prejudique a produção não segurando a carga.

Na fazenda Boutin Frutas, onde 150 hectares são dedicados à fruticultura, a esperança é que o frio volte para que a safra seja maior que a do ano passado. "O frio que ocorreu há dias foi positivo, mas temos que aguardar a temperatura dos próximos dias", fala José Luiz Gandin, gerente administrativo da fazenda.

O inverno começou oficialmente na última quinta-feira. O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) já havia registrado dez geadas, a partir de 9 de maio. No ano passado, houve 16 casos no mesmo período e as ocorrências foram até 6 de setembro.

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