Pelo quarto mês consecutivo, o Porto de Paranaguá bate recorde de movimentação no Corredor de Exportação. Em abril, foram exportadas 1,84 milhão de toneladas de grãos pelo complexo, um aumento de 11% em relação à marca de 1,65 milhão de toneladas exportadas no mesmo mês do ano passado.
Com a marca recorde também foi batida nos meses de janeiro, fevereiro e março, o Corredor de Exportação acumula a maior movimentação da sua história para os quatro primeiros meses do ano: foram 6,5 milhões de toneladas de soja, milho e farelo exportadas, um aumento de 35% se comparado com o mesmo período de 2015, quando foram escoadas 4,8 milhões de toneladas.
O bom desempenho operacional é, em grande parte, fruto dos investimentos de R$ 511,9 milhões para melhorar a infraestrutura e logística do Porto de Paranaguá. “O desempenho do Porto de Paranaguá é um resultado visível da nossa estratégia de investir na infraestrutura do Estado para reduzir custos para o setor produtivo e movimentar a economia”, afirma o governador do Estado, Beto Richa. “Os ganhos se disseminam no Paraná, junto à população, com mais oportunidade de trabalho e mais riqueza”, disse ele. “O aprimoramento da infraestrutura é uma das bases do nosso plano de governo. Já investimos muito e vamos continuar investindo.”
Ao longo do mês, 30 navios atracaram no Corredor de Exportação e foram carregados com 1,25 milhão de toneladas de soja, 465 mil toneladas de farelo de soja e 123 mil toneladas de milho. Em abril, o Corredor de Exportação também atingiu a sua maior produtividade diária média em todo o ano, com 73 mil toneladas escoadas por dia. “O aumento de produtividade no porto é visível. Estamos conseguindo superar os números de 2015, que foi o ano de melhor movimentação do Corredor de Exportação de toda a história”, afirma o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.
Fatores positivos
O silo público liderou a movimentação do complexo com 335 mil toneladas embarcadas ao longo do mês, seguido dos terminais da Interalli, com 314 mil toneladas, e Cotriguaçu, com 303 mil toneladas movimentadas pelo Corredor em abril.
O gerente do terminal portuário da Cotriguaçu, Rodrigo Buffara Farah Coelho, atribui o sucesso do carregamento no mês de abril a uma combinação de fatores entre a iniciativa pública e privada. “Os investimentos feitos pelo Porto de Paranaguá em dragagem, na reforma do cais e na aquisição de quatro novos carregadores de navio permitiram que pudéssemos atingir esta marca”, disse ele.
“Além disso, a forma profissional com que a Administração dos Portos está conduzindo o Corredor de Exportação influencia no aumento do volume escoado”, afirmou Coelho. Em contrapartida, ele mencionou os investimentos feitos pela iniciativa privada para acompanhar os avanços no Porto de Paranaguá. “Nos últimos três anos a Cotriguaçu investiu R$50 milhões na construção de um novo armazém, de um novo desvio ferroviário e construção de um pátio interno de caminhões. Tudo para facilitar e agilizar o processo de descarga de grãos”, reforçou.
O gerente comercial da Interalli, Helder Catarino, explica que, com os investimentos feitos pelos terminais e administração pública, os clientes voltaram a confiar na agilidade do Porto de Paranaguá. “Conseguimos surpreender o mercado e trabalhar com uma produtividade excelente. Hoje, o produtor sabe que aqui temos uma estrutura de primeira e o embarque do seu produto é feito com agilidade”, afirma.
Catarino explica que a antecipação do escoamento da safra de soja também favoreceu para que fossem escoados volumes recordes. “E o porto e seus terminais estiveram a postos para corresponder esta demanda”, finaliza.
Super berço
Outra medida que impulsionou as operações neste ano foi a adoção do sistema do Super Berço, que é uma nova modalidade de carregamento em que os navios podem ser carregados na metade do tempo tradicional. Os terminais e navios que estiverem aptos a operar 65 mil toneladas em até 36 horas podem reivindicar o carregamento pelo Super Berço e ganham prioridade no line up de atracação.
“O objetivo desta medida é reduzir o tempo de espera dos navios e recompensar os terminais que investiram em infraestrutura e tecnologia, assim como a administração pública, para um carregamento mais eficiente”, afirma o diretor-presidente da Administração dos Portos e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino.