Em pouco mais de uma década, o preço médio das terras agrícolas subiu 300% no Brasil. O valor representa uma valorização bem acima da inflação no período, que foi de 121,9% conforme o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). Essa é a conclusão de um estudo feito pela Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (AGE/Mapa), em parceria com a Universidade de Brasília. Os dados valem para o período entre 2002 e 2013. O Paraná teve reajuste de 184,2% e Mato Grosso de 514,1% no período. Tocantins chegou a 698,5%, no topo da valorização.
Além de mensurar a variação nos preços de terras, o estudo também elenca os principais fatores que influenciam o comportamento dos preços. A produtividade média das áreas e elementos relevantes como as relações de troca da agricultura (baseada no valor dos insumos) e o fomento ao investimento via crédito rural entraram nas contas. Juntos, esses três elementos foram decisivos para gerar a expressiva valorização das terras brasileiras, principalmente nas regiões e expansão da produção de grãos.
R$ 45 milé o preço médio do hectare de terra roxa mecanizada na região de Campo Mourão (Centro do Paraná). Região concentra as terras mais valorizadas do estado e registrou reajuste de mais de 200% na última década.