Estimulado pelo preço da saca de feijão, o agricultor Jocenilce dos Santos, que na safrinha anterior conseguiu vender a saca de 60 quilos a R$180, resolveu aumentar a área de plantio em sua propriedade em Mamborê (Centro-Oeste). "Estou otimista com a cultura e principalmente com o preço", diz Santos, que há 20 dias semeou 29 hectares. "O plantio foi feito mais cedo para alcançar um preço melhor e para o produto ter boa qualidade." Para a colheita de verão, em meados de janeiro, Santos espera 37 sacas por hectare. "Estamos aguardando a primeira chuva para soltar uréia na lavoura, que já recebeu uma boa quantidade de adubo nitrogenado. O cuidado é necessário para ter boa produtividade", explica Santos, que na próxima safrinha pretende ampliar a área de plantio para 72,6 hectares. "O feijão está ganhando espaço por conta do preço de mercado, que está ótimo". Ele conta que, além do rápido desenvolvimento da cultura, os investimentos não são elevados. "Se o agricultor souber trabalhar, com uma média de 25 sacas por hectare dá para pagar o custo da lavoura, orienta Santos.
Otávio Garibaldi, que na safra das águas do ano passado conseguiu colher 31 sacas por hectare e vendeu a R$ 165, se diz arrependido por não ter ampliado a área. "Quando plantei o preço não estava bom, mas na hora de vender me arrependi de não ter pelo menos dobrado a área", diz ele, que plantou, há 15 dias, 181,5 hectares de feijão em sua propriedade. "Espero que na hora de vender o mercado esteja aquecido."
O agricultor Mailson Klost, que na última safrinha teve baixa produtividade por conta da geada, não vai plantar feijão no verão, mas pretende voltar a investir na cultura na próxima safra de inverno. A geada comprometeu 19 hectares, o suficiente para derrubar a produtividade média, que era de 31 sacas por hectare, para 24 sacas, conta. "No início de fevereiro pretendo plantar 96,8 hectares e a tendência é de aumentar ainda mais o plantio se o mercado permanecer aquecido", afirma Klost.
Conforme o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), na safra 2006/07, a região de Campo Mourão produziu, em uma área de 6,4 mil hectares, 9,1 mil toneladas de feijão na safrinha. Na safra das águas, a produção diminuiu para 7,2 mil toneladas, em uma área de 5,5 mil hectares.
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