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Preços da soja registram forte queda após dois meses de alta

A cotação da oleaginosa superou os R$ 97 por saca, mas voltou a cair pressionada por previsão de clima favorável às lavouras nos EUA | JONATHAN CAMPOS/GAZETA DO POVO
A cotação da oleaginosa superou os R$ 97 por saca, mas voltou a cair pressionada por previsão de clima favorável às lavouras nos EUA (Foto: JONATHAN CAMPOS/GAZETA DO POVO)

Pouco mais de dois meses depois de um permanecer em um forte ritmo de alta, as cotações da soja perderam força no mercado brasileiro nos últimos dias. De acordo com o indicador de preços do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a oleaginosa - base Paranaguá (PR)- chegou a ser cotada a R$ 97,61 no dia 14 de junho, mas voltou a cair e fechou a segunda-feira (20) com referência de R$ 95,97.

Na Bolsa de Chicago, os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam o dia a US$ 11,33 por bushel, queda de 0,89% em comparação ao fechamento anterior.

A previsão de temperaturas amenas e de chuvas no cinturão de produção norte-americano beneficiam as lavouras de soja e pressionam as cotações do grão para baixo. Além da influência do clima sobre o desenvolvimento da safra dos EUA ditar o ritmo do mercado, as perdas das lavouras brasileiras e argentinas e a demanda pelo grão também pressionam as cotações. No acumulado do mês, no entanto, o indicador fechou com valorização de 5,46%.

De acordo com o analista de mercado da consultoria Safras&Mercado, Luiz Fernando Gutierrez, além da pressão climática, o recuo do dólar nas duas últimas semanas também pesa sobre o mercado interno de grãos. “Os preços caíram, mas ainda estão em patamares bem firmes, com destaque para as cotações nas praças do interior que diminuiram a diferença em relação ao que é praticado nos portos”, explica. Produtores de Ponta Grossa negociaram a saca de soja a R$ 93. No Porto de Paranaguá chegou a R$ 95 por saca.

Ainda segundo o analista, a valorização dos grãos no mercado brasileiro se fundamenta na escassez de oferta do produto e um aumento de demanda para exportação sem precedentes. “Somente em 2016 já exportamos oito milhões a mais de soja”, afirma.

As cotações do milho também são pressionadas pelo clima favorável ao desenvolvimento da safra do cereal no Meio-Oeste dos EUA e registram quedas acentuadas. Os contratos com entrega em julho fecharam a US$ 3,96 por bushel, uma desvalorização de 5,93%. No mercado interno brasileiro, de acordo com o índice Cepea, os preços do cereal encerraram o pregão de segunda (20) a R$ 48,40, bem abaixo do recorde de R$ 53,91 do dia 02 de junho.

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