No Paraná, não falta chuva. O ciclo do milho de segunda safra corre cerca de um mês atrás do verificado em Mato Grosso, pelas diferenças agroclimáticas. Ainda pode acontecer quebra se houver estiagem. Mas, por enquanto, o que mais preocupa é o frio, afirma o meteorologias Luiz Renato Lazinski.
As geadas previstas para esta semana não vão afetar as lavouras de milho, uma vez que devem se restringir a baixadas das regiões Sul e Sudoeste, segundo o especialista. No entanto, novas frentes frias, provavelmente mais fortes, chegarão ao estado nas próximas semanas, observa. Até a segunda semana de junho, a cultura estará em desenvolvimento e formação das espigas, conforme relatório da Secretaria Estadual da Agricultura. Antes da maturação, o milho mostra-se sensível à falta de água e a temperaturas próximas de zero.
O Paraná reduziu a segunda safra de milho de 1,5 milhão (2009) para 1,3 milhão de hectares (2010). O número, antecipado pela Expedição Safra RPC, se confirma nas estatísticas da Conab. Mesmo assim, o estado deve colher mais, ao recuperar produtividade. A Conab divulgou na semana passada que cada hectare deve render 4,3 mil quilos de milho no Paraná, 42% a mais que ano passado, quando o estado enfrentou seca. A safrinha nacional pode atingir 20 milhões de toneladas, ante 17 milhões de 2009.