A Coopercarbono é formada por 187 agricultores de seis municípios da região de Loanda, incluindo 67 assentados da reforma agrária. Nesta primeira etapa do projeto, o programa estadual Paraná Biodiversidade liberou R$ 1,5 mil por hectare de reserva para auxiliar na compra de mudas, adubo, cerca e outros insumos. Os produtores entraram com a mão-de-obra e o compromisso de conservar a floresta, no mínimo, pelos próximos 20 anos.
O trabalho desperta o interesse de quem ainda não está na cooperativa. Mas, segundo Erich Schaitza, da Embrapa Florestas, primeiro é preciso consolidar a Coopercarbono, para depois admitir novos associados. Ele sugere que os produtores das demais regiões preparem a reserva legal e o registro em cartório com recursos próprios, dentro do que determina a lei, pois a comercialização do crédito do carbono é questão de tempo. "Muitas indústrias emissoras de carbono estão conscientes de que precisam ajudar a capturar os gases poluentes da atmosfera e investir nos produtores que fazem e preservam a reserva legal é uma ótima alternativa".
Os créditos vendidos para a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) ajudaram a compensar a emissão de carbono necessária para a realização de eventos promovidos em parceria com outras entidades. Ou seja, sempre que alguém for realizar um congresso "limpo", deverá procurar os produtores que mantém reserva legal registrada.
No caso da Coopercarbono, quem compra o crédito recebe um certificado da cooperativa. A preservação da reserva legal é acompanhada por Emater, Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Embrapa. (ON)
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