O mercado das commodities agrícolas começa a redesenhar a temporada 2014/15 considerando a probabilidade crescente da ocorrência de El Niño. Se as temperaturas da superfície do Pacífico continuarem subindo, o fenômeno climático vai influenciar a produção rural, favorecendo a soja e prejudicando as safras de cana-de-açúcar, café e laranja do Brasil.
Os modelos climáticos mostram, desde o mês passado, que as temperaturas da superfície do oceano Pacífico estão subindo. El Niño estaria voltando depois de quatro anos adormecido. No passado, o fenômeno trouxe chuva forte em partes da Argentina e regiões ao Sul do Brasil – afetadas pelo clima quente e seco no início deste ano.
“Seria por volta de junho o início do El Niño”, disse Franco Villela, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (Inmet). Ele considera a fase inicial de temperaturas maiores do que a média no Pacífico equatorial como fase inicial. Embora a formação do El Niño não seja uma certeza absoluta, as empresas e os analistas já estão atentos ao seu potencial impacto sobre o Brasil, líder na exportação de soja e café, por exemplo.
Chances
50% para 75% foi quanto subiu a probabilidade da ocorrência de El Niño relatada pelos meteorologistas. O fenômeno aumenta a produtividade da soja, mas reduz o teor de açúcar da cana no Brasil.
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