Umuarama - Na Região Noroeste, onde está o maior rebanho bovino do estado, com 2,3 milhões de cabeças em Umuarama e Paranavaí, a falta de chuva e o clima frio da madrugada prejudicam o desenvolvimento das pastagens e o rendimento da pecuária, leiteira e de corte. Segundo o técnico do Deral em Paranavaí, Enio Luiz Debarba, a pouca oferta de alimento para o gado antes do frio intenso acena com um problema ainda mais grave no inverno, caso ele seja rigoroso.

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O reflexo já aparece na produtividade. Em Umuarama, o laticínio da Associação dos Produtores e Entregadores de Leite (Apelu) recebia média de 5.500 litros de leite ao dia no começo do ano. Com a seca, está recebendo em torno de 4.300 litros, uma queda de aproximadamente 25%. O produtor Marcelo Zubioli mantém a rotação de pastagem na propriedade de 38 hectares perto de Umuarama, mesmo assim, a produção caiu de 180 para 140 litros de leite ao dia.

Debarba diz que na região de Paranavaí a queda na produção é semelhante. Percorrendo as propriedades é possível ver pastagens de boa aparência, mas são plantas apenas volumosas e com poucos nutrientes para o gado. Ele adianta que o período atual deveria ser de pastagens com volume e nutritivas. "Mas está acontecendo o inverso. Antes do frio intenso o campo está com cara de inverno."

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