De imediato, o recorde de 472 milhões de toneladas de milho e soja confirmado ontem pelos Estados Unidos achatou as cotações em Chicago. A queda foi de 1,4% no milho (que fechou a US$ 3,41 por bushel, no contrato com entrega em dezembro) e de 1,2% na soja (US$ 9,81/bu, novembro). Mas, além disso, os números do Departamento de Agricultura, o Usda, colocam em evidência as elevadas médias de produtividade da safra norte-americana, que começa a ser colhida.
O milho rendeu mais de 10 mil quilos por hectare nas safras 2004/05 e 2009/10, mas não havia chegado aos 10,78 mil kg/ha previstos para 2014/15. A área já foi maior. Chegou a 35 milhões de ha e agora é de 33,9 milhões. Ou seja, o rendimento por hectare é que impulsiona a colheita a 365,66 milhões de toneladas — 15% maior que nas últimas cinco colheitas.
A soja promete render 3,13 mil quilos por hectare. A maior marca era de 2009/10: 2,96 mil kg/ha. E o crescimento da área plantada (que chegou a 34 milhões de ha) sustenta a previsão histórica. A oleaginosa ultrapassa o tamanho das lavouras de milho, especialidade norte-americana. Já havia passado o cereal em 2006/07, mas a vantagem era de 30 milhões para 28,6 milhões de ha.
Produtividade21,5% de aumento na produção da soja são esperados pelos EUA na comparação com os resultados das últimas cinco colheitas. São 106,5 milhões de t. Após sequência de quebras climáticas, sementes expressam potencial genético renovado.