Os relatos são de quebra no milho e na soja. O sol não dá trégua, derrubando as previsões de pancadas de chuva para o Oeste. Mesmo assim, a movimentação no Show Rural Coopavel que segue até amanhã em Cascavel dá lastro ao otimismo dos organizadores. Em três dias, de segunda-feira até ontem, foram registradas 117 mil visitações 13,6% a mais do que no mesmo período de 2011. O número é considerado um indício de que as perdas não desanimaram os produtores da região. Pelo contrário.
O faturamento na feira deve crescer cerca de 25%, para a casa de R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão, disse o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. O que motiva os agricultores a fazerem mais negócios num ano de quebra? "O produtor pensa no futuro. Quem pensa no passado é retrovisor", respondeu.
O Banco do Brasil, cujas operações refletem a tendência da maior parte dos estantes de máquinas e equipamentos, informou que o volume de propostas de negócios apresentadas nos primeiros dias do Show Rural dobrou, na comparação com o ano passado. Na segunda e terça-feira somou R$ 82 milhões. Com a movimentação de ontem, a cifra teria passado de R$ 100 milhões.
"A agricultura não se faz num único semestre, é em um ciclo muito maior", disse Paulo Roberto Meinerz, superintendente estadual do banco. A meta da instituição é chegar a R$ 500 milhões até o final da feira (amanhã), o que representa uma expansão de 43% em relação a 2011.
Os irmãos Emerson, Edilson e Rodrigo de Abreu, que cultivam 200 hectares em Candói, não se deixam intimidar pela quebra de 10% na produção. Compraram um trator no Show Rural por R$ 90 mil, a ser pago em seis anos. A máquina se tornou "uma necessidade", disse Rodrigo.
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