Diferente do frango de corte, que em 40 dias vai para o abate, a galinha poedeira exige mais tempo e investimento do produtor. Cada ave de postura recebe pelo menos 20 vacinas (na ração, na água, em injeções e em uma espécie de colírio). Dessa forma, quando entra na fase de produção, com seis meses, já custou pelo menos R$ 10.
Essas particularidades fazem com que a produção de ovo esteja mais sujeita a prejuízos em épocas de queda no consumo. Quando as cotações despencam, o produtor de carne pode reduzir a produção em dois meses. Quem produz ovo de postura fez investimento para um ano e fica sujeito ao mercado.
"Precisamos de mais seis meses de preços acima dos custos para recuperar os prejuízos que tivemos durante a crise", afirma o produtor Cláudio Casagrande, de Campo Magro, região de Curitiba. Ele conta que, além do investimento por animal, é preciso bancar o custo de operação e pagar equipamentos. Para automatizar uma granja com 250 mil galinhas, gasta-se mais de R$ 2 milhões, calcula.