Campo Mourão - Pagamento facilitado e com desconto têm sido uma estratégia das cooperativas de Campo Mourão para atrair os agricultores a comprar os insumos da próxima safra. No entanto, as promoções concorrem com as avaliações sobre o mercado de grãos e não provocam euforia.
"Pretendo esperar mais um mês e meio para começar a fazer pesquisa de preço. Comprar nas campanhas nem sempre é lucrativo", diz o agricultor Juvercindo Gaia, que pretende plantar 104,6 hectares de soja na propriedade em Campo Mourão. Ele acredita que às vésperas do plantio os preços devem cair. "Como os preços são calculados com base na cotação da saca de soja, acredito que até o início do plantio (quando a safra dos EUA pressiona o mercado) os valores vão estar melhores."
O agricultor Marcelo Riva há dois anos não compra os insumos nas campanhas e garante que tem feito economia. "A diferença não é grande, mas para o pequeno agricultor representa abate em outros custos", diz. Ele pretende destinar, de uma área de 242 hectares, 70% para o plantio de soja, 20% para milho e 10% para feijão.
"Pelas pesquisas de preços, o adubo (principal custo) teve uma redução de 10% em relação ao ano passado. Mesmo assim vou esperar mais para comprar, de preferência com dinheiro no bolso para poder barganhar", lembra Riva.
Já o produtor José Fernando Henriques fez pesquisas de preços e constatou aumento de 10% no preço da semente de milho e queda de 10% no preço do adubo. Nas linhas de fungicidas e inseticidas, redução de 10% a 30% em relação ao ano passado. "Encontrei facilidade de pagamento e preços acessíveis, por isso comprei na campanha. Acredito na alta dos preços nos próximos dias." Ele pretende plantar 29 hectares de milho.
O agricultor Aldair Toni Lopes conta que na campanha da safra passada pagou R$ 1,7 mil a tonelada de adubo e depois encontrou promoções por R$800 a tonelada. "Antecipei a compra e tive prejuízos. Este ano vou pesquisar e aguardar até 15 dias antes de iniciar o plantio, para comprar", diz. Ele pretende plantar os mesmos 34 hectares de soja do ano passado em sua propriedade em Engenheiro Beltrão.
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