A compra de insumos agrícolas vem sendo antecipada em até quatro meses no Paraná. Além de ter vendido a produção mais cedo aumentando a disponibilidade de recursos no início da colheita , o setor teme reajuste por parte das indústrias de agrotóxicos e fertilizantes. Os preços já estão 8% mais caros, afirma Modesto Félix, de Cascavel, que comprou adubo para o inverno e para a safra de verão de 2011/12.
André Luiz Ceni, de Pato Branco, antecipou toda a compra que faria a partir de julho. Assim, fixou o preço atual e começa a formar os custos da próxima temporada. Em 2010, foi às compras na "boca da safra". A mudança de estratégia deve-se também ao ânimo diante dos bons preços pagos por milho e soja atualmente. Em sua região, as cerealistas pagam R$ 24 pelo cereal e R$ 45 pela oleaginosa (saca de 60 quilos).
Outro fator que estimula o planejamento da próxima safra são as notícias sobre o aquecimento do mercado mundial, relatam os produtores e especialistas. "A tendência é que a demanda por insumos continue aquecida devido à sustentação dos preços das commodities e pelas negociações que vêm ocorrendo no mercado internacional", afirma o analista Paulo Molinari.