A adesão ao sistema de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF) cresce em âmbito nacional. O Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) – que financia a implantação de florestas – mede o interesse dos produtores. Em 2012/13, os financiamentos do ABC chegaram a R$ 2,99 bilhões, 88% do previsto para a temporada (R$ 3,4 bi).
O valor aumentou cinco vezes em duas safras. Para 2013/14, o orçamento foi ampliado em um terço, a R$ 4,5 bilhões. O Paraná está entre os estados que mais demandaram recursos. O crédito por meio do programa tem carência de oito anos para pagamento. As linhas de crédito são o Pronaf Eco, para pequenos produtores, e o Propflora, para os grandes.
“O sistema [de integração] está consolidado pelos resultados obtidos”, avalia Mariano Félix Duran, diretor do Departamento de Floresta Plantada (Deflop) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab). A entidade não possui o número de produtores que aderiram à ILPF.
No Arenito Caiuá (Noroeste do Paraná), onde o solo tem baixo teor de nutrientes e alto risco de erosão, o sistema transforma pastagens degradadas em áreas produtivas. “Há 10 anos, a visão era de que lá seria o deserto do Paraná”, aponta Félix.
Em Palmeira, na região dos Campos Gerais, o agricultor Rogério Nogaroli, ao lado dos filhos Vicente e João, integra agricultura (soja, milho e trigo), reflorestamento e, recentemente, pecuária em 400 hectares. As vantagens, ainda em avaliação, são uma questão de tempo, segundo Vicente.