Os prejuízos causados pelo clima quente e seco à safra de verão paranaense não esfriaram os ânimos dos produtores para os negócios durante o Show Rural Coopavel. Em ano de quebra, os organizadores esperam crescimento de 25% no volume de negócios, que deve atingir até R$ 1 bilhão durante os seis dias de feira. Na edição do ano passado, ano de safra recorde e preços elevados, o Show Rural movimentou R$ 800 milhões. "Esta safra pode não estar sendo a melhor. Mas o produtor está apostando nas próximas", justifica Dilvo Grolli, presidente da Coopavel, cooperativa que organiza o evento.
Na edição de 2012, em apenas nos três dias, as propostas de negócio registradas pelo Banco do Brasil, o principal agente financiador do agronegócio brasileiro, já ultrapassam R$ 100 milhões, o dobro do volume de 2011. "Estamos tendo uma surpresa agradável. A seca não deve afetar os negócios. O produtor sabe que agricultura não se faz em um semestre, mas em um ciclo muito mais longo", avalia o superintendente do banco no Paraná, Paulo Roberto Meinerz. A meta do BB é alcançar a marca de R$ 500 milhões até o final da feira, num crescimento de 42% sobre o volume financiado no ano anterior (R$ 350 milhões).
Negócios nada modestos, como a compra do gigante T9 (foto) confirmam as afirmações dos dirigentes. Com 560 cavalos, é o trator mais potente da linha da New Holland e dependendo dos acessórios incorporados, pode chegar à cifra de R$ 800 milhões. Na terça-feira, o modelo em exposição na feira foi arrematado por um agricultor de Mato Grosso.
O Show Rural Coopavel começou no último domingo e segue até este sábado em Cascavel. O evento, que abre o calendário de feiras agrícolas no Brasil, é considerado um termômetro do ânimo do setor e baliza as expectativas das empresas agro para a comercialização ao longo do ciclo, dentro e fora de feiras.
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