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Agricultores capitalizados dispensam empréstimos e "atolados em dívidas" têm acesso restrito ao crédito rural. | Foto: Brunno Covello/gazeta Do Povo
Agricultores capitalizados dispensam empréstimos e "atolados em dívidas" têm acesso restrito ao crédito rural.| Foto: Foto: Brunno Covello/gazeta Do Povo

O orçamento de R$ 156 bilhões destinado ao crédito rural um ano atrás superou a demanda. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a agropecuária comercial tomou R$ 127 bilhões (81%) até abril. Ou seja, restam R$ 29 bilhões (19%), recursos que poderiam ter sido distribuídos a juro padrão de 6,5% ao ano.

A um mês do fim da execução do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2014/15, boa parte desses recursos não deve ser repassada. E a "sobra' enfraquece as reivindicações do agronegócio para ampliação do orçamento no PAP 2015/16, a ser divulgado na próxima semana.

A agricultura e a pecuária fazem pressão em Brasília para que não haja cortes e para que a taxa de juros tenha o menor aumento possível. A elevação do índice de 6,5% é dada como certa, para algo em torno de 9% ao ano.

Os R$ 127 bilhões foram destinados a operações de custeio, investimento e comercialização da agricultura empresarial, conforme o Mapa.

Não houve uso total dos recursos nem mesmo para custeio (plantio) e comercialização (garantia de preços mínimos). Estavam programados R$ 111,9 bilhões e foram executados R$ 92 bilhões (82,3%), diz nota do Mapa. Para investimentos o aproveitamento foi de 79% dos R$ 44,1 bilhões programados, ou seja, de R$ 34,8 bilhões.

Houve baixa no uso de recursos para compra de máquinas. Para o Moderfrota foram contratados R$ 733 milhões de R$ 3,7 bilhões. O Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono) usou R$ 2,8 bilhões, de R$ 4,5 bilhões.

Ficaram abaixo de seu limita ainda Moderagro, Moderinfra, Prodecoop, Procap-Agro, Inovagro, apontou a avaliação, assinada pelo Grupo de Acompanhamento do Crédito Rural, coordenado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Mapa.

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