O Rio Grande do Sul ameaça fazer novo corte -- estimado em 10% pela Emater – na área do milho de verão – para ampliar a área de soja. O cereal perdeu 9% de sua área e ficou com apenas 940 mil hectares de campos gaúchos um ano atrás, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Com mais cerca de 90 mil hectares, a soja pode chegar a 5,3 milhões de hectares, ultrapassando todos os anos anteriores.
O Brasil começou a plantar soja continuamente há cem anos, justamente no Rio Grande do Sul. A empolgação nesta safra de abertura do segundo século de cultivo está relacionada mais à desvalorização do real do que aos preços internacionais, que medem a demanda global pelo alimento, apontam os analistas. Os produtores gaúchos estão recebendo 10% a mais que um mês atrás (ou R$ 67 por saca) e esperam reajuste de mais 4,5% até a colheita, em maio (R$ 70 por saca).
A troca do milho pela soja, no entanto, deixa setores como o que fabrica ração com menos matéria-prima. A colheita do cereal tende a recuar a menos de 6 milhões de toneladas. A tendência é que o insumo também registre reajuste, como estímulo à produção.
6,6 mil quilosde milho por hectare foram atingidos pelo Rio Grande do Sul na última colheita de verão. Para que setores como o da indústria de ração não enfrentem escassez, estado terá de superar produtividade da qual nunca havia chegado perto.
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