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A renda do agronegócio com as exportações cresceu perto de um terço neste ano, um sinal de que o setor vem ampliando sua participação no comércio internacional de alimentos. O quadro é de aumento nos embarques e na produção, apontam os mais diversos indicadores. O país deve conhecer nos próximos dias os primeiros números da safra 2011/12. E não será surpresa se as previsões forem de novo recorde.

O Caminhos do Campo mostra hoje que o sistema de seguro agrícola não vem acompanhando essa evolução. À medida em que cresce a produção, o agronegócio deveria estar fazendo uso maior de mecanismos de proteção. Porém, a prevenção fica em segundo plano.

Geadas, enxurradas, secas e chuvas de granizo foram registradas nos últimos meses. Uma prova de que as regiões produtivas não estão livres de quebras. A sorte foi que os eventos mais agressivos concentraram-se no outono e inverno, quando a produção de grãos é menor.

O desenvolvimento de um sistema de seguro mostra-se essencial não apenas para que o produtor possa enfrentar momentos de perdas climáticas, mas também à própria sustentabilidade do agronegócio. Por mais que os contratos garantam apenas o pagamento parcial dos custos de produção, impedem falências e abreviam crises como a registrada no início da década passada.

Esses efeitos positivos nem sempre são considerados quando se avaliam os investimentos necessários no sistema de seguro. Os benefícios se estendem também às contas públicas, pela menor probabilidade de acúmulo de dívidas, cuja rolagem amplia os gastos do governo. A saúde financeira do setor é essencial para que os projetos de expansão possam ser colocados em prática, de forma independente e continuamente viável.

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