De acordo com dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta terça-feira (24), a produção brasileira de café arábica e conilon deve ser de 49,67 milhões de sacas (produto beneficiado) em 2016, um aumento de 14,9% em relação as 43,24 milhões de sacas alcançadas em 2015. A área total plantada de café no país é de 2,21 milhões de hectares, sendo que 267 mil estão em formação e 1,94 milhão em processo produtivo.
No Paraná, a área total plantada com café chegou a 50,5 mil hectares, uma redução de quase 5% em relação à safra 2015. A erradicação de áreas improdutivas, a renovação de talhões e a necessidade de adoção de tecnologia mecanizada são os principais fatores que motivam a redução. A previsão da área em produção para 2016 é de 47,3 mil hectares, cerca de 6% superior à cultivada no ano passado. A incorporação de lavouras podadas intencionalmente pelos produtores e que agora se somam à área produtiva explica o aumento.
A produção estimada é de 1,1 milhão de sacas, 13,5% inferior ao ciclo anterior. A redução se deve basicamente à bienalidade negativa da produção de café. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), as condições climáticas foram favoráveis para a cafeicultura até o momento. As precipitações foram acima da média entre dezembro e fevereiro nas principais regiões produtoras. A partir de março, porém, as chuvas diminuíram e em abril registrou-se uma estiagem de quase um mês. As precipitações mais significativas só ocorreram a partir do dia 25.
Arábica
Em pleno período de bienalidade positiva, a cultura do café arábica, principalmente, está tendo melhores rendimentos. Isso se deve ao aumento da área em produção e às condições climáticas favoráveis, com reflexo na produtividade que deve crescer 13,7% em relação à safra passada, alcançando 25,58 sacas por hectare. A área de café arábica soma 1,75 milhão de hectares, o equivalente a 79,2% da área total de plantio, com uma previsão de crescimento de 13,8 mil hectares em relação à safra 2015. Minas Gerais tem a maior área, com 1,18 milhão de hectares equivalentes a 67% do total do país.
O arábica, que abrange 81% do total produzido no país, deve ter um incremento de 25,6% no volume de produção, com uma colheita de 40,27 milhões de sacas. Os maiores ganhos serão observados na região do Triângulo, sul e centro-oeste mineiro, além de regiões do estado de São Paulo. Minas é o maior produtor de arábica do país, com 28,2 milhões de sacas.
Conilon
O conilon, que representa 19% do total nacional, tem uma produção estimada em 9,4 milhões de sacas, com uma queda de 16% frente à safra 2015 (11 milhões de sacas). O motivo é a falta de chuvas aliada às altas temperaturas, principalmente no Espírito Santo que é o maior produtor nacional e deve colher 5,95 milhões de sacas.
Para o conilon, no entanto, há uma redução de área de 5,4%, chegando a 456 mil hectares. Desse total, 417,4 mil estão em produção e 38,6 mil sendo formados. O estado do Espírito Santo é o que detém a maior área da espécie, com 286,4 mil hectares, seguido de Rondônia (94,6 mil) e Bahia com (41,5 mil).
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