A produtividade da safra de soja pode ser medida a partir das vagens presas em cada haste. Produtores e técnicos arrancam plantas que consideram medianas e se concentram em contar cápsula por cápsula. Chegam a números que variam de 50 a 110 em Mato Grosso, constatou a Expedição Safra Gazeta do Povo na última semana. Ainda assim, permanecem em dúvida. O produtor Alcimar Gardin, de Sorriso, afirma que o melhor é contar os grãos. Para isso, é preciso debulhar todas as vagens. O resultado de suas contas fica entre 135 e 150 grãos, o que dá respaldo para uma projeção de produtividade entre 62 e 63 sacas por hectare. O dado é mais claro que o anterior, mas também impreciso, afirma o agrônomo Marcello Cattapan. "É preciso levar em conta a distância entre as plantas, o peso dos grãos, a concentração de umidade", adverte.
Colheitadeiras dão a palavra final
Para quem permanece em dúvida sobre a produtividade da safra de soja até o último momento, a saída é monitorar os painéis das colheitadeiras. Máquinas de última geração permitem que o rendimento de cada talhão seja observado com precisão. Mesmo para quem teve problemas com a ferrugem, o rendimento se aproxima de 60 sacas por hectares nas lavouras já colhidas em Sorriso, capital nacional da soja. Ainda que esse número não possa ser assumido como média, pelo fato de a colheita estar em fase inicial, representa um bom sinal para a temporada. Se as chuvas tiverem realmente prejudicado as lavouras, pelo excesso de umidade e pela redução na luminosidade, a variação será negativa. Do contrário, esse índice pode até ser ampliado. A primeira possibilidade é a que mais tem adeptos nesta temporada, apesar de os produtores mato-grossenses ainda apostarem em bons resultados.
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