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Safra será maior e mais cara

As primeiras avaliações sobre o tamanho da próxima safra de soja indicam forte expansão da área cultivada, que pode chegar pela primeira vez a 26 milhões de hectares. A Aprosoja Brasil cogita colheita de 80 milhões de toneladas, considerando o estímulo que os preços recordes do produto representam aos produtores. O volume é 15% maior que o deste ano.

Há previsão de expansão de 500 mil hectares só em Mato Grosso, conforme o presidente da Aprosoja MT, Carlos Fávaro. Área equivalente a essa pode passar a ser dedicada à oleaginosa nos demais estados do Centro-Oeste e principalmente nos do Centro-Norte, na nova fronteira agrícola que abrange Tocantins, Maranhão, Piauí e Bahia. Nos estados do Sul, não haveria mais espaço significativo para ampliação do plantio.

Com a alta na produção de milho verificada neste ano, os preços do principal concorrente da soja devem se estabilizar ou mesmo baixar. O setor avalia também que a oleaginosa terá preferência porque exige menos investimentos em insumos. Além de estarem em alta, os adubos estão com importações atravancadas.

As projeções sobre aumento na produção de soja ganham repercussão internacional e aparecem nos relatórios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o Usda. Na última semana, o órgão estimou a próxima safra brasileira em 78 milhões de toneladas. Segundo os números dos EUA, a produção mundial de soja será de 271,4 milhões de toneladas, com avanço de 15%.

Para isso, será necessário não só que se cumpram as previsões de que os produtores norte-americanos vão retirar perto de 87,2 milhões de toneladas de soja das lavouras no segundo semestre deste ano, mas também que a América do Sul se recupere da seca registrada na temporada 2011/12, que está se encerrando.

Na medida que as previsões de aumento da produção de grãos vão se confirmando, toda a cadeia se prepara para atender a um mercado maior. "Além da antecipação das entregas de insumos, estamos passando para um novo e importante patamar de demanda por fertilizantes", afirma David Roquetti, diretor-executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).

Para a safra 2012/13, o mercado estima que o consumo de fertilizantes no Brasil se equipare ou supere o recorde do ano passado, de 28,3 milhões de toneladas. O corredor de importação paranaense absorve cerca de 40% de todo o adubo comprado pelo Brasil. No ano passado, foram mais de 9 milhões de toneladas e a previsão para 2012 é de que a circulação de fertilizantes pelos portos paranaenses aumente para 10 milhões de toneladas.

Entre janeiro e março, foram entregues 5,3 milhões de toneladas do insumo em todo Brasil, quase o mesmo volume verificado neste mesmo período em 2008, quando houve recorde histórico para este período, aponta a Anda.

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