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A estiagem adoçou a próxima safra de tangerinas do Paraná, conforme as informações técnicas do setor. O forte calor registrado entre janeiro e fevereiro elevou o teor de açúcar da fruta. Por outro lado, a falta de chuvas atrasou o desenvolvimento dos pomares e, consequentemente, a colheita, prevista para começar na segunda quinzena de abril até junho. A expectativa é que o rendimento em volume não tenha sido prejudicado.
“A fruta vai estar melhor nesta safra. Os eventos climáticos que foram ruins para a produção de grãos favoreceram as tangerinas”, disse Paulo Andrade, engenheiro agrônomo da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
Com a estabilização do clima – calor de dia e frio à noite – na reta final de desenvolvimento (março), a cor da casca das tangerinas será ainda mais alaranjada, característica importante para atrair o consumidor. A expectativa é que os produtores recebam R$ 12 pela caixa de 20 quilos, mesmo valor do ano passado.
“A coloração da fruta é indispensável para atrair o consumidor”, ressalta o fruticultor Dilon Dichers, que dedica 97 hectares à fruta em Cerro Azul. O município faz parte do Vale do Ribeira, responsável por 70% da produção estadual.
A região ainda busca ampliar a certificação fitossanitária das tangerinas. De acordo com o agrônomo José Alberto Grobe, da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), serão certificadas frutas que enchem 1 milhão de caixas em Cerro Azul. Esse volume corresponde a 20% da safra local.
Recuo
A produção de tangerina no Paraná registrou recuo de 40% em dez anos, para 170 mil toneladas, volume semelhante ao de 2013. O recuo da última década é atribuído principalmente à redução de 27% na área dos pomares, que se limita a 8,9 mil hectares. Houve nova queda de 400 mil hectares no último ano.
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