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A estimativa inicial de 12,9 milhões de toneladas do grão no estado foi revista para entre 11,3 e 11,4 milhões de toneladas | Brunno Covello/Gazeta do Povo
A estimativa inicial de 12,9 milhões de toneladas do grão no estado foi revista para entre 11,3 e 11,4 milhões de toneladas| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

A estiagem e a geada vão reduzir a colheita de milho em 12%. A estimativa inicial de 12,9 milhões de toneladas do grão no estado foi revista para entre 11,3 e 11,4 milhões de toneladas. Os números são do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Paraná (Seab-PR), e foram divulgados nesta sexta-feira (24).

Conforme o relatório, “o milho sofreu com estiagem de abril e maio, especialmente na região Norte do Estado, e em junho foi atingido por geadas severas.” O impacto destas geadas, segundo o Deral, causou estragos, mas o real potencial de perda será contabilizado no fim de julho quando a colheita estiver na reta final – atualmente, apenas 10% do milho safrinha foi colhido e em áreas não afetadas pela geada.

Apesar de diminuição na expectativa da safra, a produção total deve se manter próxima à do ano passado, segundo o Deral. Neste ano foram semeados, na safrinha, 2,19 milhões de hectares no Paraná, com uma produção estimada de 11,4 milhões de toneladas. Na safra passada (2014/15) a produção foi de 11,5 milhões de toneladas.

Soja

O relatório do Deral atualizou os da safra 15/16 de soja e confirmou redução de 9% na produção. No total, foram colhidos 16,6 milhões de toneladas do grão, ante 17 milhões de toneladas no ciclo anterior. A quebra foi causada pelo excesso de chuva, segundo o Deral. Os preços, no entanto, estão animadores para esta safra. Enquanto em junho de 2015 a soja foi comercializada a R$57,00 a saca de 60kg, na última semana de junho o produtor recebe, em média, R$ 81,77 – acréscimo de aproximadamente 43,5% no período.

Feijão

O clima também levou prejuízos aos produtores de feijão. A projeção inicial era de que o Paraná, maior produtor do alimento no Brasil, colhesse 750 mil toneladas. A quebra na cultura foi de 19% e o volume final obtido foi de cerca de 607 mil toneladas. A oferta reduzida, principalmente de feijão carioca, fizeram os preços explodirem. A alta em um ano foi de 250% para o feijão carioca e de 147% para o feijão preto, de acordo com o Deral. No campo o produtor recebe hoje, pelo feijão carioca, R$ 391,09/saca de 60 kg, e pelo feijão preto R$ 211,39/saca de 60 kg.

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