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Regularização de terras é primeiro passo para atendimento ao novo Código Florestal | Henry Milla©o/ Gazeta Do Povo
Regularização de terras é primeiro passo para atendimento ao novo Código Florestal| Foto: Henry Milla©o/ Gazeta Do Povo

O aumento dos recursos disponibilizados pelo governo para o seguro rural fez brilhar os olhos de empresas que trabalham no ramo. Além da previsão de aumento de participação das companhias que já estão no mercado, outras seguradoras planejam estender sua atuação para o agronegócio.Na safra 2013/14, que começou este mês no Brasil, a expectativa é de que a área agrícola com algum tipo de proteção ultrapasse os 10 milhões de hectares, o dobro do registrado no ano passado.

A entrada de novas empresas deve fazer com que a concorrência fique mais acirrada. E, com mais opções, os produtores devem pagar menos pelas apólices, avaliam especialistas.

O respaldo vem do Pro­­grama de Subvenção ao Prê­­mio do Seguro Rural (PSR), que teve valor de orçamento dobrado neste ano, para R$ 700 milhões. A medida permite que o governo federal pague até 70% do valor do seguro contratado pelos produtores, reduzindo o peso final no orçamento.

No Paraná, o subsídio é complementado pelo governo estadual, que neste ano vai disponibilizar mais R$ 6,4 milhões para garantir a proteção de 29 culturas.

Os incentivos chamaram a atenção das seguradoras, que agora articulam estratégias para ampliar a presença no campo. Atualmente, sete empresas estão autorizadas a vender o seguro com subvenção federal. Outras três esperam pelo credenciamento para poder acessar os recursos, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O órgão não revelou quais empresas estão na fila de espera e nem em quanto tempo pretende liberar o certificado às companhias.

Porém, uma delas é a argentina Sancor, que começa a atuar no agronegócio brasileiro nesta temporada, com ou sem subvenção. A companhia abriu uma sede em Maringá (Norte) e pretende concentrar as atividades na região Sul do país, detalha o gerente comercial Gaston Yeates. “Com o decorrer do tempo e um maior conhecimento do mercado, seguramente vamos incorporar outras coberturas que apontem a novos nichos.”

A Essor, de origem francesa, também é outra que aguarda liberação junto ao Mapa. Procurada pela reportagem, a empresa não se pronunciou até o fechamento desta edição.

De acordo com Joaquim Cesar Neto, vice-presidente da Comissão de Seguro Rural na Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), o aumento nos repasses governamentais permitiu um crescimento no número de usuários e uma queda nos gastos com indenizações. “Isso acaba favorecendo até quem não utiliza a subvenção”, aponta. Luís Carlos Guedes Pinto, diretor geral de Seguro Rural do grupo Banco do Brasil Mapfre, é ainda mais otimista, e indica que as mudanças simbolizam “um passo efetivo na consolidação do seguro”. Ele explica que, com mais produtores utilizando a proteção, o risco das seguradoras diminui, contribuindo para uma redução dos custos. “E com o aumento na concorrência os bancos e seguradoras se veem obrigados a oferecerem melhores produtos”, explica.

Para a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), a cobertura do seguro tende a crescer em ritmo dobrado, se os recursos governamentais aumentarem na mesma proporção. Isso porque a contratação do serviço torna-se obrigatória para quem recebe até R$ 300 mil em crédito para custeio do Plano Agrícola e Pecuário (PAP).

5,2 milhões de hectares é o tamanho da área que contou com algum tipo de seguro na safra 2012/13. Cobertura representa 9% do terreno total cultivado com grãos no país.

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