Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, André Nassar diz que Plano Safra depende de ajustes mínimos para ser anunciado.| Foto: Antonio Araaºjo/mapa

A discussão sobre a disponibilidade de recursos para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2015/16 está "pacificada" no governo, afirmou nesta terça-feira (12) o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, André Nassar, acrescentando que o debate se volta agora às taxas de juros e outros pontos específicos.

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"Tem vários detalhes. Por exemplo: limite para produtor vai subir ou não vai subir?", disse Nassar após divulgação da nova previsão de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Ele também citou outros tópicos a serem contemplados no plano, como customização de programas específicos, boas práticas para a pecuária e aprimoramento de programas de investimento.

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"Tem vários pontos para serem negociados, mas é questão de tirar um dia, os ministros sentarem e tomarem as decisões sobre o que tem que ser tomado. Então o Plano Safra está pronto para ser anunciado, mas tem que ser anunciado da forma correta", afirmou Nassar.

Segundo ele, ainda não foi definida uma data para a divulgação. A princípio, o ministério havia dito que isso ocorreria em 19 de maio, mas houve recuo mais cedo neste mês, atribuído pelo governo à visita do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, que estará no país no dia.

A informação da troca de data foi confirmada pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Ela avalia que o anúncio deverá ocorrer em junho. A expectativa é de que saia em 3 de junho, mas em solenidade ontem, na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a ministra não descartou a possibilidade de outra data ser escolhida, lembrando que no fim do mês estará em Paris para encontro na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

No fim de abril, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, sinalizou que o PAP 2015/16 não deverá sofrer cortes nos volumes de financiamentos ofertados para custeio agrícola, ao passo que os juros médios deverão subir. A edição 2014/15 do programa teve recursos para financiamentos de mais de R$ 156 bilhões, com taxa de juros média de 6,5% ao ano.