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A estratégia visa cobrir informações que ficarão de fora do censo que vai a campo agora em 2017, | Priscila Forone/Gazeta do Povo
A estratégia visa cobrir informações que ficarão de fora do censo que vai a campo agora em 2017,| Foto: Priscila Forone/Gazeta do Povo

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) terá que enxugar o questionário do Censo Agropecuário que vai a campo este ano, por conta de restrições orçamentárias. No entanto, o instituto pretende implementar a partir de 2019 uma pesquisa amostral com periodicidade anual para obter as informações que ficarão de fora do levantamento censitário, especialmente as que dizem respeito a rendimentos e aspectos financeiros do negócio agropecuário.

Corte de mais de 70% no orçamento encolhe Censo Agropecuário

Verba inicial prevista para realizar o levantamento era de R$ 1,825 bilhão, mas readequações fizeram valor ficar em R$ 505 milhões. Questionário será menos detalhado

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O plano é que o novo levantamento anual funcione nos moldes da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad), uma espécie de Pnad Agropecuária, com visitas a estabelecimentos apenas uma vez ao ano, escolhidos por amostragem. A primeira coleta, com questionário mais longo e detalhado que o do Censo Agropecuário, seria feita em 2019, com divulgação dos dados em 2020, informou o IBGE.

A estratégia visa cobrir informações que ficarão de fora do censo que vai a campo agora em 2017. Com a aprovação do Orçamento de 2017, o IBGE assegurou R$ 505 milhões para a realização do levantamento censitário. A previsão inicial, entretanto, era que a pesquisa consumisse mais de R$ 1 bilhão. Segundo o órgão, o censo teve que ser remodelado para que pudesse ir a campo com praticamente metade da verba prevista.

O contingente de trabalhadores temporários foi reduzido dos 80 mil previstos para os 26 mil autorizados pelo Ministério do Planejamento, ao qual o IBGE é subordinado. A maioria desse contingente é de recenseadores, que começarão a coleta de informações em outubro.

Diante da mão de obra mais enxuta, o questionário foi encolhido para que os entrevistadores conseguissem visitar cerca de três estabelecimentos por dia, sem ter que retornar a nenhum deles. Nos moldes anteriores, os recenseadores visitavam os estabelecimentos até três vezes para obter todas as informações do questionário. Outra medida tomada pelo órgão foi ampliar o período de coleta de três meses para cinco meses.

O instituto afirma que as variáveis contidas no Censo Agropecuário de 2006/2007 - que visitou 5,2 milhões de estabelecimentos - serão mantidas, incluindo dados sobre a agricultura familiar, emprego de agrotóxicos e outras variáveis que seguem recomendações internacionais. No entanto, o IBGE reconhece que haverá menos informações sobre rendimentos e características financeiras, questões que ficarão prejudicadas pelo enxugamento do tempo de visita.

“Nada ficou de fora. O Censo será mais enxuto, menos detalhado”, informou a assessoria de imprensa do órgão.

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