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Uma parceria entre a Sementes Guerra, com sede em Pato Branco (Sudoeste do Paraná), e o grupo francês Limagrain promete gerar investimento de R$ 91 milhões e 600 empregos em outras regiões do estado. Os novos negócios vão se estender a Londrina (Norte), Guarapuava (Centro) e Cascavel (Oeste), sob a marca Limagrain Guerra.

O primeiro passo será a implantação de um centro de pesquisa em biotecnologia em Londrina, anunciaram os representantes das duas empresas e do governo do estado na última semana. O grupo Limagrain fornece milho transgênico para a América do Sul e se associou à Sementes Guerra para ampliar sua participação no mercado brasileiro.

As atividades a serem desenvolvidas em Londrina devem se expandir a Cascavel e Gua­rapuava. O acordo deve ampliar os materiais de base das duas empresas, que terão um leque maior de produtos para oferecer ao mercado.

Para a Guerra, que produz sementes de soja, milho e trigo, a parceria representa a consolidação do negócio. A empresa de três décadas entrou para o mercado de milho híbrido em 1992 quando firmou parceria com a Syngenta. Foi criada por descendentes de italianos que chegaram ao Sudoeste do Paraná na década de 50. Hoje possui câmara fria com capacidade para 150 mil sacas de sementes e atua também em rastreabilidade agregando valor a produtos como massas e biscoitos. A meta é galgar posições nas listas das melhores produtoras de sementes do país.

Com presença em 30 países, o grupo Limagrain divulga ser a quarta maior empresa mundial no setor de desenvolvimento de grãos. Suas vendas anuais ultrapassam R$ 2,9 bilhões. Em seu quadro de funcionários, os negócios do Paraná vão representar 1% da estrutura.

A parceria foi anunciada publicamente pela empresa francesa em Curitiba. Daniel Cheron, diretor-executivo da Limagrain, explicou a importância do negócio para a empresa estrangeira. Ele disse que o Brasil tende a ampliar sua participação no mercado internacional de grãos. Citou ele que o mercado para sementes no Brasil movimenta mais de US$ 1,5 bilhão ao ano e que pode dobrar de tamanho nesta década.

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