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Setor defende incorporação da reserva à mata ciliar

Outra polêmica na difícil missão de produzir e preservar, independente de plantar soja transgênica ou convencional, está na reserva legal e na preservação e recuperação da mata ciliar. A legislação é clara na responsabilidade do produtor: destinar 20% da área para mata nativa e uma faixa entre 30 e 500 metros às margens dos rios e nascentes, proporcionalmente ao tamanho da fonte ou ribeirão .

"Isso pode inviabilizar as pequenas propriedades", alerta Luiz Anselmo Tourinho, do departamento técnico da Faep, que atua no setor de meio ambiente. Ele lembra que existe um movimento no Brasil para alterar o Código Florestal, com a proposta de poder contar a mata ciliar como reserva legal. "O setor está consciente da necessidade de presevação, mas o agricultor também precisa produzir, por isso defendemos a incorporação dessas duas obrigações."

Na propriedade de Marco Bruschi Neto, em Floresta (Noroeste do estado), reserva legal e mata ciliar vão ocupar pelo menos 50 dos 170 hectares. Bruschi, que já iniciou um trabalho gradativo de recomposição das matas, ainda tem esperança de ver a lei alterada.

Os produtores também reivindicam a exploração econômica da reserva legal, com o plantio de seringueiras, café, laranja, pupunha e outras árvores frutíferas. Hoje, para iniciar a recuperação da reserva legal é permitido plantar pinus, mas somente até 2014. Depois disso, a reserva deve ter função ecológica e ser composta por árvores nativas.

O prazo para recompor a reserva legal termina em 2018. As propriedades deveriam se adaptar na proporção de 1/20 avos a cada ano. Em tese, ao final de 20 anos a área estaria de acordo com o que manda a lei.

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