O cenário tão adverso para a canola no Paraná fez com que as indústrias modificassem os planos de fomento. Há três anos, diversas empresas incentivavam o plantio da “soja de inverno” na expectativa da cultura atingir 100 mil hectares no estado. Hoje o cenário é outro.
A Bsbios desenvolvia um trabalho junto aos produtores paranaenses ao oferecer pacote técnico de assistência e garantir a compra de 100% da produção, ao preço da soja. Diante da baixa adesão, a empresa, que opera há quatro anos uma usina de biodiesel em Marialva, Norte do Paraná, desistiu do programa. Atualmente, a planta trabalha apenas com o soja e sebo animal.
Segundo informou a Bsbios, o fomento da canola no estado foi abandonado porque o risco, em virtude das adversidades climáticas, é grande. Além disso, pesou o fato do governo federal demorar em aprovar o seguro agrícola. Hoje, a empresa fomenta o plantio apenas no Rio Grande do Sul.
As cooperativas do estado também mudaram a forma de assessoria dos produtores no inverno. A Witmarsum, que atua nos Campos Gerais, não coloca a canola como uma das principais cultura para o inverno. “A própria cooperativa incentivava, mas tirou o pé nos últimos anos porque não atingiu produtividades boa”, relata Rogério Dyck, agrônomo da cooperativa de alemães.
No Norte do estado, a situação também não favorece a canola. A Cocamar deixou de incentivar a cultura no início dos anos 2000, tanto que não recebe a produção dos cooperados que ainda teimam em plantar. De acordo com a empresa, a falta de experiência dos produtores, as cultivares com dificuldade de adaptação às condições de solo e clima brasileiras e o milho como negócio mais rentável contribuíram para derrocada da canola.
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