O presidente do Sindicato da Indústria do Fumo (Sindifumo), Iro Schünke, afirma que a redução no cultivo observada nas duas últimas safras será menor no ciclo atual. A previsão é que haja redução de 1% no número de produtores e de 5% na área cultivada, contra 6% e 13% na safra passada, respectivamente. "Estamos num momento de estabilização. Apesar do problema do câmbio, o Brasil continua sendo um forte exportador."
O câmbio é apontado pela indústria como principal razão para a redução da renda do setor. A produto brasileiro era bem mais competitivo até 2003, quando o dólar valia R$ 3,30. Como a moeda norte-americana permanece abaixo de R$ 2, só o fumo de melhor qualidade se sobressai, afirma Schünke.
Os problemas climáticos da safra retrasada teriam derrubado a qualidade do fumo brasileiro, que ficou em estoque. Por isso, na safra passada, a indústria teria forçado redução na produção. Na última safra, o clima ajudou e a situação começou a voltar ao normal, afirma o líder sindical.
Ele conta que a expectativa é de boa produção neste ano, apesar da previsão de irregularidade nas chuvas. Os preços que serão pagos a cada uma das 41 classificações do fumo devem ser discutidos com as organizações que representam os fumicultores só a partir de dezembro, relata. (JR)