As cotações futuras da soja e do milho fecharam o pregão desta quinta-feira (02) em ligeira alta na Bolsa de Chicago (CBOT). O impulso vem das notícias referentes ao clima no Meio-Oeste dos Estados Unidos, a principal região produtora de grãos do país. Segundo a meteorologia, estão previstas chuvas acima da média para os próximos dias, o que tende a atrasar os trabalhos de colheita da temporada 2014/15. Na última semana, os índices já mostravam desaceleração no ritmo de retirada dos produtos do campo.
Além do clima, o mercado busca força na demanda internacional. De acordo com o Departamento de Agricultura norte-americano (Usda), as vendas líquidas externas do país somaram 869 mil toneladas na semana encerrada em 25 de setembro. Se comparado ao número divulgado pelo órgão na semana anterior, houve uma queda no comércio internacional do produto, já que 2,38 milhões de toneladas haviam sido exportadas pelos Estados Unidos entre 1º e 18 de setembro.
As vendas de milho também recuaram em relação ao período anterior, para 638 mil toneladas, contra 836 mil toneladas divulgadas anteriormente. O trigo, por outro lado, teve demanda mais aquecida. As vendas líquidas semanais do cereal para o exterior subiram para 741 mil toneladas, contra 396,3 mil toneladas vendidas na semana anterior.
BrasilO adido do Usda no Brasil confirmou nesta quinta-feira (2) o número de produção de soja para o país, mas revisou para cima a estimativa de exportações na temporada 2014/15, que está em fase de plantio. Diferentemente do que foi divulgado no último relatório mensal de oferta e demanda do órgão, os embarques brasileiros devem somar 49 milhões de toneladas, contra 46,7 milhões de toneladas indicados no documento oficial de setembro. Com isso, o Brasil ampliaria a diferença nas exportações com os norte-americanos, que devem vender ao mundo 46,2 milhões de toneladas no ciclo atual. O processamento da oleaginosa pelas indústrias locais também deve ter incremento e chegar a 37,5 milhões de toneladas, ante 36,8 milhões de toneladas.
Para o órgão, a colheita nacional tem potencial para alcançar 94 milhões de toneladas, com avanço de 4% no terreno a ser ocupado pela commodity no campo. Com isso, a área destinada à cultura seria de 31,5 milhões de hectares, contra 30,2 milhões de toneladas cultivados no ciclo passado. A produção no ano passado foi de 86,7 milhões de toneladas, conforme o Usda.