Safrinha cresce mesmo com vazio sanitário (Foto acima)
A área da soja safrinha cresceu de 61 mil (2009) para 100 mil hectares (2010) no Paraná, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura (Seab). O aumento foi de 65%, até mais expressivo que os 27% registrados um ano atrás. Esses porcentuais mostram que a implantação do vazio sanitário em 2008 não reduziu a safrinha, apesar de inviabilizar o plantio a partir de março. Durante o vazio (de 15 de junho a 15 de setembro), todos os pés de soja precisam ser dizimados, com o objetivo de quebrar o ciclo do fungo que provoca a ferrugem asiática. Para dar lucro, a safrinha depende de produtividade e preço. Por causa do preço pouco atrativo da soja na região de Campo Mourão (R$ 31,50 a saca de 60 quilos), o agricultor Valdomiro Bartozek (foto) decidiu destinar para semente toda a produção da safrinha, que ele está colhendo agora, no município de Juranda. Plantou no início de fevereiro 169,4 hectares e está obtendo uma média de 33,5 sacas por hectare. "Acima de 20,6 sacas é lucro, mas vender ao preço atual de mercado não é vantajoso", avalia. A safra de verão é 43 vezes maior que a safrinha da soja no Paraná e rende 50 sacas por hectare.
Cooperativismo
Fusão entre cooperativas paranaenses
As cooperativas Cocamar, de Maringá, e Corol, de Rolândia, iniciaram um processo de fusão que pode criar a segunda maior cooperativa do Paraná, com faturamento anual de R$ 2 bilhões. A intenção ainda precisa ser aprovada em assembleia por ambas as cooperativas, mas as diretorias dão a transação como certa. O processo também pode incluir a Cofercatu, de Porecatu. Nos últimos 12 meses, ocorreram outras duas fusões ou incorporações no sistema cooperativo paranaense. A primeira foi entre C.Vale, de Palotina, e Coopermibra, de Campo Mourão, e a segunda um negócio entre a Coamo, a maior cooperativa do estado, e a Coagru, de Ubiratã.
Exportação
Soja reassume a liderança no melhor abril da série
Com embarque mensal recorde em abril, a soja deixou o frango para trás e reassumiu a liderança da pauta de exportações do Paraná. Vendas externas de 1,2 milhão de toneladas do grão renderam ao estado US$ 444,2 milhões, a melhor marca da série histórica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que começa em 1997. O faturamento foi quase quatro vezes superior ao obtido com as exportações de carne de frango in natura em abril, que renderam ao Paraná US$ 118,3 milhões. No acumulado do quadrimestre, são US$ 730,6 milhões para a oleaginosa contra US$ 420,7 milhões do frango. A tendência é que a avicultura reduza essa diferença no segundo semestre do ano, época de entressafra de soja.
Feijão
Conab não consegue desovar estoques de feijão
Terminou sem negócios a segunda rodada de leilões de venda de feijão promovida Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estatal ofertou, na semana passada, 7,9 mil toneladas do grão, mas não houve interesse de compra e nenhum dos 23 lotes oferecidos foi vendido. Na primeira rodada de leilões, na semana anterior, 92 toneladas haviam sido arrematadas, o equivalente a 1,2% do total oferecido. Preços 50% acima dos praticados no mercado físico foram apontados por analistas como o principal motivo para o fracasso das operações. Segundo eles, o mesmo produto que a Conab ofereceu por R$ 90 pode ser comprado no mercado disponível por R$ 55 a R$ 60 a saca.
PEP
Primeiro leilão negocia toda a oferta de milho no Paraná
O primeiro da série de 12 leilões de milho da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) negociou, na semana passada, 72% do total de 1 milhão de toneladas oferecidas via Prêmio para Escoamento de Produto (PEP). Nas duas principais regiões produtoras do cereal, Paraná e norte de Mato Grosso, todo o volume ofertado foi comercializado. A procura pelas 120 mil toneladas paranaenses foi grande, resultando em um deságio de 5% no prêmio. O valor, que era de R$ 2,52, fechou em R$ 2,40 por saca. A próxima operação está marcada para esta sexta-feira, com oferta de mais 1 milhão de toneladas. Como no primeiro leilão, o Paraná participa com 120 mil toneladas. O estado esperava ampliar essa participação. No total, a Conab espera apoiar a venda de 11 milhões de toneladas do cereal e estima que para isso sejam necessários 12 leilões. O governo está disposto a gastar R$ 1,2 bilhão nas intervenções. Para receber prêmio da Conab, os compradores precisam pagar preço mínimo aos produtores (R$ 17,46 no Paraná).
Relações internacionais
Adidos agrícolas do Brasil assumem postos em 8 países
Os adidos agrícolas brasileiros começam a assumir nesta semana seus postos nas embaixadas para as quais foram designados. O primeiro será o representante do Ministério da Agricultura (Mapa) em Bruxelas (Bélgica), Odilson Ribeiro, que acompanhará as negociações bilaterais com os países da União Europeia, principal destino das exportações do agronegócio do Brasil. São oito adidos agrícolas que irão trabalhar em postos estratégicos para o comércio agropecuário brasileiro. Esequiel Liuson, designado para a missão diplomática em Pequim (China), terá a responsabilidade de cuidar de negociações e questões sanitárias no país que, há dois anos, é o maior importador individual do agronegócio brasileiro. Em 2009, a receita da exportação para os chineses alcançou US$ 8,9 bilhões. Os demais adidos serão lotados em Genebra (Suíça); Buenos Aires (Argentina); Moscou (Rússia); Pretória (África do Sul); Tóquio (Japão); e Washington (Estados Unidos).
Avicultura
PR passa SC e assume o posto de maior exportador
A avicultura paranaense teve motivos para comemorar em abril. Além de manter, pelo segundo mês consecutivo, a meta de exportar ao menos 80 mil toneladas mensais, o estado ultrapassou, pela primeira vez no ano, a marca do seu principal concorrente, Santa Catarina. O Paraná exportou no mês passado 85,6 mil toneladas de carne de frango, contra 77,8 mil toneladas dos catarinenses. No acumulado do primeiro quadrimestre de 2010, os embarques paranaenses de carne de frango somam 299,95 mil toneladas, com faturamento de US$ 487,9 milhões, 11,5% superior ao registrado em igual período de 2009. O aumento das exportações acompanha o incremento da produção. O Paraná abateu no primeiro quadrimestre do ano 433,8 milhões de cabeças de frango, 9,5% mais que no mesmo período de 2009.
Açúcar e álcool
Novo presidente na Alcopar (Foto 1)
O agrônomo Paulo Adalberto Zanetti, presidente do Grupo Vale do Ivaí Açúcar e Álcool, de São Pedro do Ivaí (Noroeste), é o novo presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar). Ele substitui Anísio Tormena, que morreu no último dia 18, em um acidente de carro. Os três sindicatos patronais que integram o sistema Alcopar, antes presididos por Tormena, também têm novos titulares. O conselho diretor da Alcopar e dos sindicatos cumpriu o artigo 19 do Estatuto Social, que prevê, em casos de morte, a substituição do titular pelos respectivos vice-presidentes. Eles têm mais dois anos de mandato, quando haverá nova eleição.
Informações: www.alcopar.org.br