Um movimento de realização de lucros após uma virada nas previsões meteorológicas, que agora apontam para um clima mais ameno no Meio-Oeste dos Estados Unidos a partir deste domingo, não impediu que os preços internacionais da soja dessem um salto na Bolsa de Chicago na semana passada. Mesmo encerrando a sexta-feira com quedas de dois dígitos nos principais contratos, a oleaginosa ganhou mais de US$ 1 nos últimos sete dias.
Os papéis com vencimento neste mês foram os que mais subiram. Alçadas de volta ao patamar em que trabalhavam antes da crise internacional de 2008, as cotações do grãos superaram a marca dos US$ 16 por bushel (medida equivalente a 27,2 quilos). No melhor momento da semana, bateram em US$ 16,445, nível muito próximo à melhor marca da história (US$ 16,63 no dia 03 de julho de 2008), mas encerram a jornada valendo US$ 16,1975/bushel, numa disparada de 107 pontos na comparação com o fechamento da sexta-feira anterior.
O milho seguiu o movimento e acumulou valorização semanal de 61,75 pontos no primeiro contrato, que fechou os negócios cotado a US$ 7,3425 o bushel (25,4 quilos), seu melhor preço em um ano.
O clima nos Estados Unidos continua sendo o principal combustível do mercado. Segundo analistas, os próximos 45 dias serão decisivos para a safra norte-americana. Eles alertam, entretanto, que mesmo que volte a chover a partir deste domingo, conforme indicam os radares, já não há mais tempo para salvar as lavouras de milho. Elas devem amargar uma redução de ao menos mil quilos por hectare no seu potencial produtivo.
Plantada mais tarde, a soja ainda teria condições de recuperar as perdas com clima mais favorável a partir de agora. Mas, conforme os meteorologistas, isso parece pouco provável. A previsão de longo prazo indica que as chuvas tendem a continuar caindo em volumes abaixo da média nas próximas duas semanas nas principais regiões de produção do país.
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