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Depois de ter atingido o menor valor dos últimos 9 meses no início de junho, as cotações futuras da soja reverteram a tendência e retomaram a rota de alta na Bolsa de Chicago. Ontem, o contrato julho/09, que ocupa a primeira posição, chegou a quase US$ 12 o bushel (27,2 quilos) no melhor momento do dia, o equivalente a quase US$ 26,5 por saca, mas acabou fechando cotado a US$ 11,85 o bushel, ou US$ 26,14 a saca, com alta de 0,5% ante o dia anterior. O resultado coloca a soja de volta ao patamar em que trabalhava no final de maio.

Milho e trigo, na contramão, tiveram um fechamento negativo. O bushel do cereal (25,4 quilos) caiu a US$ 4,865 ontem, ou US$ 9,13 por saca, em queda de 0,6% no dia e de 11% no mês. O cereal recuou 1,3% no dia, para US$ 5,4675 o bnushel (27,2 quilos), ou US$ 11,91 a saca. Em junho, o trigo já acumula baixa de 15% em Chicago.

A atuação dos fundos de investimento foi determinante para os resultados do dia. Segundo Vic Lespinasse, analista da consultoria americana GrainAnalyst, eles teriam comprado cerca de 3 mil contratos de soja em grão e liquidado 7 mil contratos de milho e 3 mil de trigo durante a sessão de ontem.

"Curioso notar que o mercado da soja em Chicago tem apresentado um perfil muito parecido nas últimas semanas: abre a semana no negativo e depois ganha força na terça, quarta, apresentando o auge na quinta-feira para fechar a sexta-feira em baixa", observa Fernando Muraro, analista da AgRural. De fato, foi assim nesta semana. Depois de fechar a semana anterior em queda, a oleaginosa voltou a recuar nesta segunda-feira, e depois inverteu a mão e passou a subir na terça e na quarta.

As oscilações são típicas deste época do ano, relata o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea), Seneri Paludo. É o que os investidores chamam de mercado climático, período de alta volatilidade nos preços que acontece quando os Estados Unidos estão finalizando o plantio de verão. Conforme dados do Departamento de Agriculura do país, até o início da semana, 91% da área prevista para a soja no ciclo 2009/10 já haviam sido semeados. O plantio do milho havia sido encerrado na semana anterior.

A pergunta é se a previsão irá de fato se confirmar. Por enquanto, o USDA estima 30,7 milhões de hectares para a oleaginosa e 34,4 milhões para o cereal. Os números serão revisados na próxima terça-feira, quando o órgão divulga novo relatório de intenção de plantio.

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