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Pampas argentinos tendem a render 4 milhões de toneladas de soja a mais do que em 2012/13 | Christian Rizzi/gazeta Do Povo
Pampas argentinos tendem a render 4 milhões de toneladas de soja a mais do que em 2012/13| Foto: Christian Rizzi/gazeta Do Povo

Os produtores de grãos da Argentina iniciam a colheita de verão dentro de uma semana com previsão de safra cheia. As lavouras enfrentaram períodos secos e de chuva em excesso, mas sustentam avaliações otimistas. A Expedição Safra Gazeta do Povo percorre nesta semana o núcleo de produção de grãos do país latino, nas províncias de Córdoba, Santa Fé e Buenos Aires, para conferir as expectativas de produtores e especialistas. O clima irregular ainda representa risco. Mais da metade das lavouras de soja estão em enchimento de grãos.

O plantio da soja foi finalizado há um mês, quando a Bolsa de Cereais confirmou 20,35 milhões de hectares, a maior área já cultivada com a oleaginosa pela Argentina. Agora, no início da colheita, a expectativa é de 54,5 milhões de toneladas, volume próximo do recorde de 2009/10 – quando foi plantado 1,5 milhão de hectares a menos. As perdas são consideradas pequenas e a previsão é que sejam exportadas 8 milhões de toneladas de soja somente em grão.

Já o plantio de milho, que acaba de ser encerrado, confirmou área 16% menor que a do ano passado. O cereal cobre 3,35 milhões de hectares, de acordo com a Bolsa de Cereais. Com isso (e clima mais equilibrado), a expectativa é que a produção passe de 26,5 milhões para 24 milhões de toneladas – 16 milhões para exportação.

Com as lavouras mais adiantadas, agricultores e técnicos estão revendo suas projeções e podem alterar os índices oficiais. O clima ainda é crucial para o milho e a soja, que estão um terço e dois terços em enchimento de grãos, respectivamente. Além disso, plantas daninhas e insetos desafiam o setor, que historicamente opta por um manejo simplificado.

Paraguai

Na próxima semana, a Expedição Safra vai percorrer a região produtora de grãos do Paraguai. O país previa safra recorde de soja e agora cogita repetir o volume colhido um ano atrás: 9,3 milhões de toneladas (5,5 para exportação). A área da oleaginosa foi aumentada de 3,16 milhões para 3,3 milhões de hectares, mas o veranico de dezembro derrubou o potencial das lavouras precoces. Com três eventos regionais, reunindo produtores e especialistas, e visitas a lavouras, os técnicos e jornalistas da Expedição vão verificar também o potencial do milho, que perdeu área para soja, mas promete 2,5 milhões de toneladas (1,8 para exportação).

Serviço

Acompanhe as viagens em www.expedicaosafra.com.br.

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