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O plantio tardio e pouco escalonado, aliado à combinação de falta de chuva e altas temperaturas na fase de desenvolvimento das lavouras, podem gerar prejuízos de até R$ 1,2 bilhão aos produtores goianos. A estimativa é da Federação da Agricultura de Goiás (Faeg), que calcula quebra até 15% na produção de soja, o equivalente a cerca de 1,4 milhão de toneladas. Segundo a entidade, a produção estadual da oleaginosa, inicialmente estimada em 9,8 milhões de toneladas, deve recuara  8,4 milhões de toneladas. Cerca de 5% da safra foram colhidos até o momento em Goiás.

Após 25 dias de seca, o retorno das chuvas na última semana trouxe alívio, mas não chegou a tempo para reverter os prejuízos, segundo o consultor técnico do Sistema Faeg, Cristiano Palavro. “O principal problema foi o atraso no plantio, que ocorreu apenas a partir do final de outubro no estado. Como ficou pouco escalonado, o prejuízo é maior”. No ano passado, também houve estiagem, mas a perda total foi de 12,5%, porque o plantio ocorreu no período ideal.

Segundo Palavro, há previsão de novos períodos de estiagem em fevereiro, “mês em que o clima será decisivo para esta safra, porque muitas das lavouras ainda estão se desenvolvendo”. A partir da segunda quinzena do mês começa a colheita mais intensa. Nas primeiras áreas colhidas, produtores têm relatado perdas de 30% a 40%, de acordo com o técnico. Com exceção da região Norte, que não sofreu com a seca, o problema atingiu o estado de maneira generalizada.

Diego Frutuoso Assis, de Orizona (Sul), conta que teve cerca de 30% de perdas, porque a estiagem ocorreu principalmente na fase de enchimento dos grãos. O prejuízo abrangeu 40% da área plantada em sua propriedade. “Em novembro e dezembro, fase inicial de desenvolvimento da plantação, choveu muito, então as raízes não se formaram direito. Com a seca agora, não conseguiam buscar água mais fundo na terra”, explica.

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