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complexo soja

Guerra comercial compensa efeitos da greve dos caminhoneiros no Porto de Paranaguá

 | IvanBueno/APPA
(Foto: IvanBueno/APPA)

Porto do país mais afetado pela greve dos caminhoneiros, em maio, quando cerca de 300 mil toneladas de farelo e grãos deixaram de ser exportadas, Paranaguá deve fechar o ano com aumento de 20% nos embarques do complexo soja.

Em agosto, segundo a Administração dos Portos de Antonina e Paranaguá (APPA), o crescimento nos embarques foi de 24%. Isso equivale a seis navios completos de soja, ou 369 mil toneladas acima do que foi exportado em agosto do ano passado.

No acumulado deste ano, Paranaguá já exportou 14,7 milhões de toneladas do complexo soja. A alta foi registrada apesar da paralisação dos caminhoneiros, responsáveis por cerca de 75% do abastecimento de grãos do porto.

“Ano passado já batemos recordes e neste ano estamos conseguindo extrapolar este patamar”, afirma o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Lourenço Fregonese.

De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que faz a estimativa da safra de soja e dos seus embarques, o Brasil deve exportar cerca de 8% a mais soja neste ano do que no ano passado. Segundo a instituição, a disputa comercial entre Estados Unidos e China e a alta no câmbio devem fazer crescer a procura internacional pela mercadoria brasileira.

Isso também colaborou para que a movimentação geral do porto se mantivesse em alta em relação ao ano passado. Nos oito primeiros meses do ano o Porto de Paranaguá operou 1% a mais carga do que em 2017, ano em que o terminal bateu seu recorde histórico de movimentação, de 51,5 milhões de toneladas.

Até o momento, Paranaguá movimentou 35,8 milhões de toneladas, enquanto no ano passado, nesta mesma época, tinham sido operadas 35,6 milhões de toneladas.

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