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Identificado primeiro caso de ferrugem em lavoura comercial em safra de soja

No início do período do vazio sanitário, quando é proibido o plantio, a quantidade de soja voluntária (guaxa) com ferrugem era alta na região. | Brunno Covello/Gazeta do Povo
No início do período do vazio sanitário, quando é proibido o plantio, a quantidade de soja voluntária (guaxa) com ferrugem era alta na região. (Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo)

A primeira ocorrência de ferrugem asiática em lavoura de soja comercial da safra 2017/18 foi constatada na segunda-feira, 20, pelo Consórcio Antiferrugem em Itaberá, sul de São Paulo, informou nesta terça-feira, 21, a Embrapa Soja. A identificação foi feita por pesquisadores da Fundação ABC em lavoura plantada em setembro, logo após o fim do vazio sanitário.

Na safra 2016/17 o primeiro relato da doença nas lavouras brasileiras ocorreu antes, em 11 de novembro, no município de Taquarituba, também em São Paulo.

A lavoura de Itaberá foi a primeira a ser semeada na região e monitorada pela equipe da Fundação ABC desde a emergência. “Apesar de terem sido observadas pústulas de ferrugem, a incidência na área é baixa”, disse em nota o pesquisador da Fundação ABC Alan Cordeiro Vaz.

No início do período do vazio sanitário, quando é proibido o plantio, a quantidade de soja voluntária (guaxa) com ferrugem era alta na região. Após o fim do vazio sanitário, porém, os pesquisadores observaram diminuição significativa. “Essa redução deve ter sido favorecida pela ocorrência de geadas na região e, principalmente, pelo período seco, especialmente em setembro”, disse Vaz.

A pesquisadora Cláudia Godoy disse, no mesmo comunicado da Embrapa Soja, que a semeadura da soja neste ano atrasou em virtude da falta de chuva e isso fará com que a fase reprodutiva da soja ocorra na época em que as precipitações são mais regulares, por isso produtores devem estar alertas e intensificar o monitoramento nas primeiras áreas semeadas.

Ela orientou os produtores a observar a eficiência dos fungicidas em ensaios recentes e os problemas de resistência ocorridos na última safra, principalmente na região Sul do País. “Além disso, devem fazer a rotação de fungicidas com princípios ativos diferentes e adotar fungicidas multissítios no programa de controle”, afirmou.

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