Julho foi de fortes perdas para a soja na Bolsa de Chicago. As cotações do grão iniciaram o mês a US$ 13,30 por bushel (o equivalente a US$ 30 por saca) e terminaram pelo menos US$ 1 por bushel mais baixas, quase 10% de queda. A pressão é provocada principalmente pela expectativa de uma safra recorde nos Estados Unidos, que tem previsão de colher mais de 103 milhões de toneladas do produto. Com as boas condições climáticas e desenvolvimento das lavouras, os analistas começam a dar como certa a estimativa de produção do país. Levantamento de campo referente a condições das plantações, divulgado semanalmente pelo Departamento de Agricultura norte-americano (Usda), mostram que tudo corre bem. As produtividades calculadas são recordes no país, mais de 50 sacas por hectare de média.

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Na medida que as projeções para a colheita no Hemisfério Norte se confirmam cresce também a pressão sobre os preços na América do Sul. O Brasil inicia o plantio de grãos da temporada 2014/15 no próximo mês. E os contratos futuros negociados em Chicago indicam maiores desvalorizações em relação às cotações atuais. Para maio de 2015, os negócios são fechados atualmente a cerca de US$ 10,80 por bushel (US$ 23,30 por saca), o menor valor em mais de um ano para esta época.

Efeito Chicago

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R$ 56,30 é o valor médio da saca de 60 quilos de soja praticado no Paraná atualmente, conforme levantamento da Secretaria de Agricultura do estado. Em julho do ano passado, média estava R$ 2 por saca.