Os preços da soja subiram de 5% a 10% no último mês no Brasil, dependendo da praça, mas as cotações praticadas um ano atrás (até 12% maiores) ainda servem de comparação para os produtores, rebatendo o impulso para as vendas antecipadas da safra 2013/14. A proporção da colheita comprometida antes do plantio subiu 7 pontos e chegou a 38,5% em Mato Grosso (ainda 29 pontos atrás do porcentual desta época de 2012), mostra novo relatório do Imea, instituto ligado à federação da agricultura do estado (Famato). No Paraná, o Departamento de Economia Rural (Deral), ligado ao governo do estado, manteve o índice de 18% apontado há uma semana no diagnóstico divulgado ontem.
Os produtores paranaenses mantêm posição conservadora também na venda das sobras da safra passada. Ainda não foram comercializados cerca de 13% da colheita do primeiro semestre, o equivalente a 2 milhões de toneladas. Em Mato Grosso, esse índice é de 3% ou 700 mil toneladas. Se continuarem em ritmo de alta, diante da quebra na safra norte-americana e das incertezas em relação ao clima na América do Sul, as cotações de 2013 devem alcançar as de 2012 dentro de um mês.
Aproximação
R$ 9,5 a menos por saca de soja vêm sendo pagos aos produtores neste mês no Paraná, na comparação com a média de setembro do ano passado. Em relação a outubro de 2012, a diferença cai para R$ 2,80/sc.