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As importações de soja pela China podem cair pela primeira vez em uma década na safra 2015/16 devido a uma desaceleração na demanda por ração para animais no maior comprador do grão no mundo, disse um operador da gigante de commodities Cargill nesta quinta-feira (17).

As importações também poderiam ser afetadas pela depreciação da moeda chinesa, que aumentou custos, disse Frank Zhou, gerente geral de trading da Cargill Investment, em uma conferência da indústria. "A demanda da China alcançou seu limite no curto prazo e há espaço limitado para crescimento adicional no futuro, mas pode haver risco de queda", disse Zhou.

O movimento de urbanização na China desacelerou, enquanto criadores de suínos podem demorar mais para reconstruir seus rebanhos depois de perdas recentes.

A China importa mais de 60% da soja negociada globalmente. O Brasil, maior exportador global da oleaginosa, foi o maior fornecedor do produto para os chineses no ano passado.

O Centro Nacional da China para Informação de Grãos e Óleos (CNGOIC), um órgão oficial, projetou uma alta de 1 milhão de toneladas nas importações da oleaginosa pelo país, para 78 milhões de toneladas no ano que encerra em setembro de 2016.

Outros operadores disseram na conferência que as importações devem ficar estáveis, em 77 milhões de toneladas, em 2015/16.

O maior impacto tende a ocorrer nos Estados Unidos, que respondem por 40% do suprimento asiático. "As vendas de soja dos EUA vão crescer apenas gradualmente. As vendas neste ano foram afetadas por uma temporada estendida nos mercados da América do Sul. A margem de moagem para a soja norte-americana ainda é negativa, enquanto a depreciação do iuan aumentou os custos de importação", disse Monica Tu, uma analista na consultoria Shanghai JC Intelligence.

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