A Agência de Defesa Sanitária do Paraná (Adapar) divulgou neste mês uma portaria que antecipa o período de vazio sanitário da soja, ou seja, a proibição de manter plantas de soja durante um período específico. A partir do próximo ano, a medida vai durar 90 dias, diferente dos 85 deste ano, e irá de 10 de junho a 10 de setembro (este ano começou dia 15 de julho).
O vazio sanitário é uma medida que visa reduzir a sobrevivência do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem-asiática da soja, evitando assim o surgimento precoce da doença na safra.
A mudança no período foi feita para adequar o período do vazio sanitário ao Zoneamento Agrícola de Risco Climático onde, em diversos municípios do Estado, a semeadura pode ocorrer a partir do dia 11 de setembro.
“Se por um lado os agricultores podem semear a soja mais cedo, o que pode auxiliar no manejo da ferrugem-asiática, por outro lado amplia a janela de semeadura, o que pode dificultar o controle da doença nos municípios onde a semeadura é mais tardia”, avalia a pesquisadora Claudine Seixas, da Embrapa Soja.
Vazio sanitário
Desde 2006, o vazio sanitário vem sendo adotado no Brasil. A medida está implantada em 11 estados (MT, GO, MS, TO, SP, MG, MA, PR, BA, RO, PA) e no Distrito Federal e dura de 60 a 90 dias, dependendo do estado. A partir do próximo ano, a ação também será realizada em Santa Cataria, conforme foi divulgado nesta sexta-feira (28) pelo secretário da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa do estado catarinense, em Abelardo Luz, Moacir Sopelsa.
O Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), destaca que no período de vazio sanitário não deve haver soja em estado vegetativo para que o fungo causador da ferrugem asiática não sobreviva.
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